Maria do Mar



Ia Maria de pé descalço
Ligeira e inquieta pelo pinhal
Engole os passos e o tempo no encalço
Do amor que o mar devolve ao areal

Do alto da falésia as árvores admiram
O amado Mar, revolto vilão, doce amante
Pelas carícias da maresia esperam
Sempre atentas e à espera do viajante

Ai Maria apressa o passo, corre!
Que há um barco na linha do horizonte
De coração ofegante, quase morre
O reencontro tem lugar marcado, junto à fonte

Maria acalma-lhe os lábios com água fresca
E prova do seu corpo o sal
Oh terra, mar, sol e pinhal
Que da inquietude já nada resta

E a onda para, o vento acalma e a noite chega


11 de março de 2015

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