Palavras que nunca escrevi

Há um exercício mental que desde que me dou por gente gosto de fazer quando ando pelas ruas ou estou sentada numa esplanada qualquer a contemplar a vida a correr. Sempre gostei de ir relatando mentalmente aquilo que vejo, como se estivesse a escrever um livro de ficção baseado nas vidas reais. Muitas vezes chego mesmo a pegar num guardanapo de papel e escrevo uns retalhos que acabo por perder na maioria dos casos. Palavras que ficam eternamente perdidas e que nunca mais irei conseguir reproduzir.
Tenho de admitir que tenho pena, porque na vida não há dois momentos iguais.
As minhas notas em guardanapos acabam por ser como a vida de qualquer um, momentos únicos que uma vez desperdiçados nunca mais serão relembrados.
Pelo menos que fica esta nota para a posteridade para comprovar a minha demência!

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